Há dias em que tudo passa a fazer parte do antes,
delicadas memórias confundidas com momentos insignificantes,
em meio ao desperdício de sorrisos em uma manhã cinzenta.
Gritar a plenos pulmões já não fazem parte
do mínimo conceito relativo à arte.
Talvez seja medo de se opor a vida desatenta.
Lavei minhas mãos sem medo do fim
repensando a coragem que Deus deu a mim,
hoje escondo meu olhar atrás de disfarces.
Tudo que marca sempre foi bom?
Não lembro-me de limpar as marcas de batom
contidas em meu rosto após ósculos suaves.
Desesperada tentativa de apagar, mas não há jeito.
Estão contidas em meus braços e em meu peito
estigmas daquilo que foi acima de tudo agradável.
Quisera eu continuar ali
em momentos melhores do que os que vivi
nesta marcante trajetória de valor inestimável.
Que lindo esses versos, soam tão emocionantes e tristes para mim pois eu sei exatamente o que os levou a escrevê-los. As entrelinhas são uma mistura de lembranças e posteriormente da realidade do momento o qual foi escrito. Além disso, explora tudo isso de forma harmoniosa e paciente. Não se observa irritação, tampouco desprezo...apenas receio e pesar, no fundo talvez um pouco de esperança das coisas melhorarem. Belo poema! *--* Amei
ResponderExcluirBeijos e tenha um ótimo dia, poeta! :D